É sempre assim
Estamos em casa confortavelmente sentados ao sofá
A beber cerveja sem esperar rigorosamente nada
Quem sabe de roupão fumando do cachimbo
Ou envoltos nos nossos afazeres diários
A travar a enésima batalha nos nossos empregos de merda
Desviando o pensamento enquanto estamos parados no trânsito
Fazendo contas à vida
E de súbito o terror escancara as portas da nossa casa
Gela-nos a espinha, paralisa-nos
Estabelece uma fissura insuperável
Entre aquilo que desejamos e aquilo que realmente temos
Em nenhum lugar estamos verdadeiramente seguros
Não há bunkers que nos possam proteger
Quando o inimigo público número um
É também o inimigo interno número um.
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