Passamos a vida inteira agarrados à cabeça

Envoltos em pensamentos

Perguntas que não cessam, inquietações

E perguntas para as quais finamos sem ter a mais pálida resposta

Com tanta perturbação, tantos pensamentos e questões

A nos perseguir pela existência fora

Não sei como não colapsamos

Como insistimos nos nossos sonhos

E continuamos a procurar fazer as coisas

Tal como as fizemos até aqui

A cumprir o nosso dever

A levar a vida direito

A verdade é que mesmo quando o homem ou a mulher

Caminham sós

Nunca caminham verdadeiramente sozinhos

Há sempre demasiadas palavras à sua volta

Demasiado ruído e excesso de mundo

Tanto que o mais provável é que os humanos definhem

De cansaço

Como essas árvores centenárias dobradas pelo permanente fustigar do vento.


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